Com a tendência de as empresas contratem pessoas mais novas, elas devem estar atentas às vagas oferecidas no mercado
“Estamos falando de uma geração 100% tecnológica, o que representa a maioria das oportunidades do mercado. O que as empresas mais querem nessas pessoas é justamente a agilidade, para molda-los de acordo com as políticas internas da empresa e proporcionar maior capacidade de desenvolvimento profissional“, avalia.
Geralmente, segundo Rogério, os jovens que conseguem uma oportunidade no mercado tendem a se interessar pelo trabalho e buscam estar atentos à qualificação. As vagas mais interessantes são as que podem proporcionar aos jovens colaboradores a oportunidade de continuar se desenvolvendo na empresa, geralmente em áreas relacionadas ao setor administrativo, diz o especialista.
Seguindo uma tendência, boa parte das organizações de capital aberto tem programas voltados para jovens, com o objetivo de capacitar esses novos profissionais, que podem, depois, seguir uma carreira dentro dessa empresa. “A ideia é que esses jovens tenham mais agilidade nos processos que eles sejam mais inteirados com relação à própria tecnologia, porque já são 100% tecnológicos, então, diante desse fator, eles têm mais facilidade para lidar com questões sistêmicas. Nós sabemos que a tecnologia hoje está dentro de qualquer empresa e, principalmente, a área administrativa, financeira e de contabilidade estão muito voltadas para isso”.
Compreendendo melhor o ambiente digital e os meios tecnológicos, Rogério diz que os jovens, inclusive, podem ter vantagem sobre pessoas de gerações mais antigas. E mesmo os que não estão tão atualizados podem se capacitar e manter seus empregos diante dessa nova performance.
Mas algumas atitudes podem ser evitadas pelos jovens profissionais, porque são mal vistas dentro do mercado. Um exemplo é a falta de responsabilidade. O especialista cita, por exemplo, as pessoas que gostam de se divertir, mas não sabem seus limites. “Pode haver algum deslize que vai fazer com que eles se prejudiquem com relação à própria pontualidade, responsabilidade e produtividade dentro da organização. Eles precisam ter atenção a isto para crescer profissionalmente, e buscar ficar longe de más influências ter amizades com pessoas que buscam o crescimento profissional e a estabilidade”, orienta.
Jovem profissional
A técnica de enfermagem Ana Larissa Albuquerque, de 24 anos, já trabalha há quase um ano e meio na área de sua formação e conta que ter uma experiência anterior, mesmo que pequena, foi uma das coisas que a ajudaram a garantir uma vaga de emprego. Embora tenha se formado aos 20 anos, só conseguiu uma oportunidade formal aos 23, mas, antes disso, se dedicou ao voluntariado.
Em sua profissão, Ana Larissa trabalha com pessoas que, na maioria das vezes, estão doentes, e nessa área ela diz que aprende um pouco todos os dias com cada paciente, aprendendo a ter mais empatia, a valorizar mais a vida e a reclamar menos. O que conta para ela na hora de se candidatar a uma vaga é a possibilidade de crescimento na carreira.
Requisitos
A mestre em administração, consultora e coordenadora do curso de administração da Universidade da Amazônia (Unama) Alessandra Meirelles diz que os jovens devem ficar atentos às oportunidades oferecidas no mercado, para desenvolver o aprendizado, autoconfiança, conhecimento e responsabilidade.
“Toda oportunidade que surja, mesmo que o emprego não seja exatamente o que você almeja, que fique claro que, aceitando e se inserindo no mercado de trabalho, você está se colocando em uma vitrine e que é muito mais fácil conseguir um outro emprego que faça jus ao que você almeja estando dentro do mercado”, indica. No geral, a professora aponta que boas áreas são engenharia, direito, jornalismo, tecnologias, computação e administração.
As organizações buscam alguns atributos quando contratam pessoas mais novas, segundo ela: inteligência emocional, comportamento, postura, facilidade de trabalhar em equipe, facilidade em se expressar, saber comunicar, falar em público, ter boa oratória, ser assertivo e objetivo, capacidade de negociação, gerenciamento e liderança, ter um bom networking, entre outros. Mesmo sem experiência, tendo essas práticas requisitadas é possível garantir uma estabilidade dentro da empresa onde se trabalha.
O Liberal