Desenvolvendo habilidades comportamentais

De acordo com o relatório, as habilidades comportamentais “abrangem competências ou traços que permitem que as pessoas interajam com outras e realizem diferentes atividades. Essas habilidades, apesar de não serem mensuráveis, desempenham um papel importante na vida pessoal e profissional. Alguns exemplos de habilidades: trabalho em equipe, liderança, escuta, empatia, tomada de decisão, entre outras”, define o texto.

As soft skills possuem uma relevância tão grande que aproximadamente 60% dos gestores entrevistados afirmam que não conseguem preencher uma vaga porque os candidatos não possuem as habilidades comportamentais desejadas pela empresa. Esse é um requisito importante dentro das organizações porque essas competências ajudam os profissionais a criarem conexões com outras pessoas, desenvolver sinergia e tornar a execução do trabalho mais tranquila e produtiva.

E a habilidade comportamental mais importante para os brasileiros e a mais difícil de encontrar é a inteligência emocional. O mesmo vale para Colômbia, México e Peru. Já as soft skills que os gestores mais valorizam nos colaboradores são trabalho em equipe, resolução de conflitos e comunicação assertiva. A própria pesquisa aponta que existem muitas outras habilidades comportamentais que podem ser desenvolvidas e que terão impacto positivo na carreira, como empatia e liderança.

Além disso, algumas áreas como vendas, comercial, recursos humanos e operações tendem a demandar mais essas habilidades. Ainda assim, o texto ressalta que essas competências são valorizadas em todos os setores.

Entendendo melhor as competências

Como citado acima, as habilidades comportamentais que os gestores mais valorizam são trabalho em equipe, resolução de conflitos e comunicação assertiva. Por isso, o estudo apresenta como essas competências podem ajudar dentro do ambiente de trabalho e um pouco da sua importância. Confira!

#1 Trabalho em equipe

Mesmo com a crescente do home office e do trabalho remoto, os profissionais precisam ser capazes de trabalhar de forma coordenada. Um grupo de profissionais eficientes é aquele que consegue somar diferentes talentos e habilidades, de modo a alcançar os resultados esperados pela organização. Para isso, habilidades comportamentais como empatia e boa comunicação são fundamentais. Além disso, é preciso desenvolver as relações interpessoais parar gerar confiança nas competências da equipe.

#2 Resolução de conflitos

Um dos grandes desafios de lidar com times diversos é evitar conflitos, que não necessariamente são algo ruim dentro do ambiente profissional. Em meio às incertezas, há um fato garantido, que é o surgimento de novos problemas. Com esses novos problemas, o mundo precisará de profissionais aptos para os resolverem. Para isso, o profissional precisa saber identificar o problema e aplicar técnicas e métodos para solucionar as questões de uma maneira criativa e adaptativa, considerando a realidade do mercado e do ambiente.

#3 Comunicação assertiva

Pode ser definida como a capacidade que as pessoas têm de falar e interagir entre si de maneira que considere e respeite a opinião de outras pessoas, ao mesmo tempo que defende as próprias necessidades e limites pessoais. De acordo com o texto, ela permite que que a interação e a comunicação com as equipes sejam mais eficazes, seja dando feedback, desenvolvendo um projeto ou em conversas casuais. Dessa forma, as mensagens conseguem ser transmitidas corretamente e recebidas pelos ouvintes sem ruídos de comunicação.

De forma complementar, ainda que as habilidades comportamentais sejam cada vez mais importantes, é essencial que haja um equilíbrio com as competências técnicas. Cerca de 80% dos gestores acreditam que o profissional que consegue balancear as duas capacidades ajuda a organização lidar melhor com momentos de crise e incerteza. Nesse contexto, a habilidade técnica mais valorizada no Brasil é a de gerenciamento de banco de dados.

Os desafios relacionados às soft skills

Ainda que a maioria dos profissionais entendam que essas habilidades comportamentais sejam importantes, muitos enfrentam desafios para desenvolvê-las. O principal desafio é a falta de tempo. Além disso, quase metade dos trabalhadores citam falta de recursos financeiros, desinteresse ou ausência de programas de capacitação e treinamento nas suas empresas como impedimentos para trabalhar essas competências.

O relatório recomenda realizar pausas para se organizar e traçar metas de desenvolvimento de curto prazo, que sejam alcançáveis e mensuráveis. Um primeiro passo sugerido é decidir a quais habilidades comportamentais o profissional quer se dedicar. Depois, ele precisa procurar estratégias de como desenvolvê-las. Com essa tomada de decisão, o profissional se arma com ferramentas para impulsionar seu desenvolvimento profissional.

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