Quem está se formando na faculdade este ano faz parte do grupo que foi afetado pela pandemia da Covid-19 durante toda a sua experiência universitária, do primeiro ao último ano. Embora a vida estudantil tradicional oferecesse oportunidades para desenvolver habilidades interpessoais em grupos esportivos ou de estudo, essa turma teve uma experiência universitária muito diferente das anteriores. E, por conta do isolamento social, isso não ajudou essa geração a desenvolver habilidades interpessoais que acabam sendo valiosas no ambiente de trabalho.
Como possível resultado da pandemia, as empresas estão percebendo certas deficiências nos jovens que entram no mercado de trabalho quando se trata de trabalho em equipe, comunicação e liderança – competências muitas vezes aprendidas na troca presencial com outros funcionários ou colegas de classe. Falta conhecimento sobre temas que parecem até mais básicos, como saber se vestir em um ambiente profissional.
1. Identifique em que aspectos os jovens precisam de mais ajuda
De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, profissionalismo, ética de trabalho, comunicação corporativa, colaboração, pensamento crítico e resolução de problemas são algumas das habilidades interpessoais mais valiosas no ambiente profissional. Dependendo da sua área e de suas prioridades, você pode ter a intenção de aprimorar algumas dessas soft skills antes de outras.
Profissionalismo, por exemplo, refere-se a um senso mais amplo de comportamento que você aprende ao trabalhar com pessoas cara a cara, incluindo como se vestir, como se apresentar, como iniciar e terminar conversas, como fazer networking e como se comportar em um ambiente profissional. Ou seja, os graduandos de 2023 podem precisar de um pouco mais de experiência nesse aspecto do que em pensamento crítico, por exemplo, que pode ser ensinado online.
A percepção da falta de habilidades dos mais jovens deixa os recrutadores em uma posição difícil: de um lado, as empresas querem as competências que a geração Z pode oferecer, mas, de outro, ainda existem certas coisas que só se pega no ar trabalhando no escritório, e que os atuais (e futuros) ingressantes do mercado de trabalho podem não aprender até que iniciem suas carreiras de fato.
Em um momento inédito no mundo corporativo, as diferentes gerações estão atuando junto dentro das empresas. A geração Z está entrando agora, enquanto algumas pessoas da Geração Silenciosa (nascidas em meados da década de 1940) ainda estão trabalhando.
2. Crie um ambiente de aprendizado descontraído
Embora os ambientes de aprendizado presenciais sejam normalmente propícios ao treinamento de habilidades técnicas, o novo modelo de trabalho pós-pandemia criou um cenário totalmente novo que valoriza as habilidades interpessoais. Os empregadores devem procurar oportunidades para tornar o aprendizado descontraído. Estudos mostram que criar um aprendizado descontraído é mais efetivo para a maioria das pessoas, então crie um ambiente onde membros experientes da equipe possam orientar e mostrar aos novatos como funciona.
Para isso, crie algumas atividades e peça aos funcionários que votem em quais gostariam de fazer. Envie pesquisas perguntando o que tornaria seu ambiente mais divertido – você pode se surpreender com quantas ideias diferentes surgem!
3. Dê oportunidades de crescimento reais
Crie workshops práticos para ensinar aos grupos habilidades interpessoais específicas. Por exemplo, faça simulações para demonstrar resolução de conflitos ou solução de problemas. Contrate profissionais que ofereçam capacitações adequadas aos seus objetivos. Instrua funcionários experientes a atuarem como guias, fazendo perguntas para instigar os novatos para estimular o pensamento crítico deles.
4. Conecte os funcionários a um mentor ou consultor
88% das organizações usam mentores para melhorar o desempenho dos funcionários. Um consultor é alguém que orienta o empregado a atingir seus objetivos, concentrando-se em uma ou em algumas questões específicas. Os mentores geralmente são gerentes ou supervisores da companhia e os consultores são contratados de fora da organização. Os mentores tendem a usar uma abordagem mais subjetiva e geralmente são funcionários veteranos com expertise na área em que o funcionário precisa se desenvolver.
5. Tenha uma comunicação aberta e dê feedback
Os gerentes devem ser encorajados a manter uma comunicação regular com os novos funcionários. Ao promover um ambiente de comunicação aberta entre funcionários e supervisores, os novos contratados se sentem seguros em pedir feedback e discutir preocupações sobre seu desempenho. Um estilo de comunicação aberta é essencial para ajudar os funcionários a desenvolver suas habilidades interpessoais.
Aprender as soft skills necessárias para o local de trabalho de hoje é responsabilidade de empregadores e funcionários. Seja proativo quando se trata de programas de capacitação e desenvolvimento no local de trabalho. Adapte-se para atender às necessidades dos novos funcionários e crie uma cultura corporativa que privilegie a comunicação aberta para que os funcionários se sintam à vontade para pedir o treinamento de que precisam.
A percepção da falta de habilidades dos mais jovens deixa os recrutadores em uma posição difícil: de um lado, as empresas querem as competências que a geração Z pode oferecer, mas, de outro, ainda existem certas coisas que só se pega no ar trabalhando no escritório, e que os atuais (e futuros) ingressantes do mercado de trabalho podem não aprender até que iniciem suas carreiras de fato.
Forbes