Faculdade Impacta adota tendência de mercado financeiro e pode ser a primeira instituição de ensino a trabalhar com a criptomoeda
Aluno paga em Bitcoin, instituição recebe em reais. Rede Coin faz a conversão.
O futuro já começou. Os meios de pagamento para adquirir bens e serviços foram evoluindo ao longo do tempo, passando de cédulas para cheques, cartões, transferências digitais como o famoso e atual pix e agora, criptomoedas. Alcançando o setor de ensino, a faculdade Impacta que atua, entre outros cursos, na formação em tecnologia, passa a adotar essa tendência financeira e se posiciona como a primeira IES que se tem notícia, a aceitar pagamento de mensalidades por meio de bitcoins .
Com o intuito de ser um meio de pagamento descentralizado, o Bitcoin sofre oscilações de preço diariamente, portanto, a primeira questão que surge é sobre a viabilidade das transações como uma forma de pagamento cotidiano. Para se assegurar da integralidade dos valores recebidos, a instituição conta com parceria da Rede Coin, uma extensão ou “guarda-chuva” da SCF Brazil, “adquirente” que funciona como uma espécie de casa de câmbio da criptomoeda para reais, como explica o diretor de TI da empresa, Eduardo Vogel.
Segundo ele, o sistema oferecido é bastante simples: a pessoa pode fazer a transição direto do celular e funciona como um pix. Ele [o sistema] cota o valor do bitcoin na hora em que a transição é feita, justamente pensando na volatilidade da moeda. “Ele já é preparado para isso, para uma possível disparidade de preço. Assim, tanto quem paga, quanto a empresa que recebe, não é afetada por isso, não há risco de pagar a mais ou receber a menos, além de evitar qualquer tipo de fraude”, pois, vale ressaltar que, como o nome “cripto” sugere, a moeda não pode ser rastreada.
Como funciona e quais as vantagens?
A partir da instalação de um PDV (ponto de venda) no celular para aceitar bitcoins, tudo funciona mesmo como um pix: o dinheiro vai para o banco o qual o pagador já é cliente, podendo fazer a retirada do mesmo sem qualquer custo. No caso da Impacta, o aluno faz o pagamento em criptomoedas e ela o recebe em reais, com a conversão feita pela Rede Coin.
Para a impacta, isso significa um fomento tecnológico para os alunos da área que também já demonstram interesse nesse mercado. Atualmente são seis alunos que realizam o pagamento dessa forma, afirma Celio Antunes, fundador e CEO da instituição. “A Impacta, como um grupo educacional tecnológico, com um amplo reconhecimento no mercado por capacitar profissionais da área da tecnologia, agora dá mais um passo para o futuro. Com a adesão do Bitcoin pretendemos permanecer referência na área e ser exemplo de inovação para os nossos alunos”, declara.
Vai de cada um verificar a viabilidade de giro da moeda para o seu bolso, visto que, até o momento em que esta nota foi escrita, cada bitcoin custava cerca de R$230,67. Já Vogel, acredita em sua democratização. “É o que queremos; tornar bitcoins em uma moeda comum, ao invés de enxergá-la como uma barra de ouro, como muita gente faz, apenas para fins especulativos”, explica.
Tanto Vogel quanto Antunes vislumbram o crescimento de bitcoins como uma tendência financeira ainda mais ampla, que tende a prosperar e se popularizar. Cabe às outras instituições e demais setores do mercado responderem se também a adotarão.
Revista Ensino Superior