Para o ex-diretor de inovação e criatividade da Disney, Duncan Wardle, uma das maiores barreiras à inovação é a tendência de as pessoas desistirem das ideias antes delas enraizarem
Quanto às ideias, Duncan afirma em um artigo assinado no site Fast Company que percebia que a maioria das ideias morria muito cedo.
“A linguagem tem poder e significado, especialmente quando se trata de sinalização. Em minha experiência em consultoria, posso dizer com certeza que a maioria das empresas elimina ideias muito rapidamente. As ideias são como duas sementes de aparência semelhante: geralmente, não há como saber qual é uma flor e qual é uma erva daninha até que comecem a crescer”, diz Duncan.
A saída para essa morte prematura, segundo ele, pode estar em mudar a linguagem. A primeira dica para um líder diminuir a autocensura dos colaboradores e ter realmente uma sessão de brainstorming é dizer à equipe que eles são estão procurando por ideias mas cultivando-as.
“Isso remove a pressão e abre as pessoas para compartilhar ideias que normalmente não fariam”, diz.
A remoção da autocensura costuma ser o principal desafio de líderes em processos de brainstormings.
Além desse passo inicial, Duncan defende que as lideranças utilizem mais a palavra “sim”. Em vez de responder “não, não há orçamento” ou procurar problemas para que a proposta avance, o executivo da Disney defende um ambiente que diga mais “sim”.
“Uma ferramenta comum na comédia improvisada é o conceito de, ‘sim, e. . .’, o que evita que as ideias morram prematuramente.
Para implementá-lo em sua empresa, ele recomenda que o líder diga “sim, e. . . ”, como única resposta aceitável. Por exemplo, se alguém sugere oferecer um teste gratuito de 90 dias, em vez de receber uma resposta que elimina a ideia, sua equipe deve alimentá-lo (“sim, e poderíamos construir um funil de marketing que acompanhamento após 90 dias ”).”
É a partir desde “sim, e…” que novas ideais surgem, inclusive para viabilizar as primeiras que apareceram.
Outras dicas de Duncan Wardle para estimular a criatividade e o surgimento das boas ideias nas sessões são: transformar apresentações em jornadas colaborativas para evitar dispersões e nomear com títulos os encontros com palavras mais originais.
Revista Exame