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Como a geração Z de estagiários tem impactado no mercado de trabalho?

Eles nasceram  quase no fim dos anos de 1990 e muitos ainda estão na faculdade e tendo, por meio do estágio, o primeiro contato com o mercado de trabalho. Assim é a chamada “geração Z”, formada por pessoas que cresceram em um mundo digital e conectado e que estão transformando o ambiente corporativo.

A diretor executivo da Unidade ABRE – Emprego e Estágio do Rio de Janeiro, Fernando Miranda, destaca o perfil desses jovens. Segundo ele, eles geralmente são imediatistas, apresentam um pouco mais de dificuldade para lidar com horários e afazeres fixos, mas são muito comunicativos e criativos.

“Trata-se de um público muito ligado às redes sociais e WhatsApp, que não imagina um mundo possível sem a internet e que está pronto para o que ‘der e vier. Afinal, estão acostumados a fazer várias coisas ao mesmo tempo e não são muito apegados a rotinas”, explica.

E qual o impacto desse perfil de estagiário dentro de uma organização? De acordo com Fernando, entender as características da geração Z e extrair o máximo potencial dela é um desafio para os gestores e empregadores, geralmente de outras gerações, em especial a “X” e a “Y” – veja as características delas mais abaixo.

“O maior desafio do líder é manter este estagiário motivado, sabendo administrar as frustrações dele, afinal estamos falando de um jovem que tem pressa para que ‘as coisas aconteçam’ e que apresenta um turbilhão de ideias, mas que nem sempre são possíveis de serem colocadas em prática. Mas um estagiário da chamada geração Z que tiver foco e conseguir mostrar o seu potencial como realizador de multitarefas, com certeza vai se destacar e construir uma carreira promissora”, completa.

Apesar de variações na divisão das gerações, a mais usual classifica a geração Z como aquela dos nascidos a partir de 1997 até 2010.

Em resumo, trata-se de uma geração extremamente questionadora, com dificuldade para aceitar hierarquias verticais, presentes no mercado de trabalho e que valoriza horários flexíveis. Tudo isso, é claro, aliado à familiaridade com a tecnologia – incluindo a internet, mundo dos games e a informática em geral.

Veja abaixo as características das outras gerações:

Baby Boomers (1946-1964)

Nasceram entre o período que vai logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e os primeiros anos da década de 1960. Terminado o conflito, as taxas de natalidade explodiram, por isso termo “baby boom”. Valorizam o emprego, à dedicação à família, e acreditam que a experiência profissional seja mais importante do que outros fatores, como a inovação.

Geração X (1965-1980)

Vivenciou uma grande revolução cultural, com influências do movimento hippie e ideias libertárias. São pessoas que trabalharam em busca de independência, segurança e empreendedorismo. Hoje, tentam equilibrar cada vez mais a vida profissional com a pessoal. São mais adaptáveis a funções que exigem disciplina e rotina.

Geração Y ou Millennial (1981-1996)

Essas pessoas já nasceram em um mundo globalizado, mais consumista e próximo do avanço da tecnologia, graças ao desenvolvimento da internet. São indivíduos questionadores, querem chegar logo a cargos importantes e de liderança e não têm medo de inovar e dar um rumo diferente à carreira se isso se mostrar compensador.

Geração Alfa (2010- atualmente)

Obviamente, essa geração ainda não chegou ao mercado de trabalho. Mas, ela tem uma peculiaridade muito importante: é a primeira que, de fato, já nasceu num mundo extremamente digital. Para esse público, a tecnologia (e as formas de ver o mundo que ela possibilita) é tão familiar quanto qualquer outro aspecto da vida.

Assessoria de Imprensa – ABRE – Emprego e Estágio

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